Desespero Da Noite

KPV-1

Compositor: Caio Cezar / Fábio Pires

Houve um dia em que parecia estar tudo certo
No momento certo
Quando o momento estava meio intenso
Dentro de um planejamento
Alguns percebem e antecedem uma fatalidade
A noite é imprevisível e atrai maldade também
Sempre atento a cada movimento
Que passa a todo instante como o vento
Porém mais lento que é melhor pra observar
Com muitas luzes por todo lugar
Mas nem é sempre lá que é bom de estar
Muitos preferem a outra ponta
Apreciar a noite de outra forma
Como pra ver e admirar o céu escuro
Cenas que me levam a pensar mais no futuro
Um mundo inseguro onde é possível de tudo
Milhares de pessoas que fazem seu próprio mundo
Muitos que procuram na noite os seus sonhos
Objetivos a chegar, são várias metas para se alcançar
E fazem disso o seu meio de sobrevivência
Lutando pela vida em meio à violência
Fazer o quê então?
Olha a conseqüência irmão
É só não andar pra trás e nem cair na armadilha do cão
Muitos que recuaram se arrependeram
Só com o tempo perceberam
Foram vítimas de culpas e de críticas
Celas da rua seu mundo dentro de uma cela
Um grito que deixa na mente uma sensação de desespero
Uma voz inconveniente que lembra um pesadelo
Um mundo que roda
São milhões de voltas
E dúvidas, pois fica tudo mais confuso
E no final te apontam como intruso
Recolhe-se aos poucos pelos cantos
Ver que o tempo ta passando
E mesmo assim não perde tempo em estar chorando
Se lamentando ou rastejando enquanto deixa o mal de lado
Segue triste e abençoado
Porém nunca como um pobre coitado isolado
Eu poderia muito menos não estar no desespero da noite
Acordado trabalhando tentando seguindo o ramo dos anos
Que vão avançando de acordo com os planos
Mas cada ano vai dificultando
Vagas vão se esgotando e muitos na madruga batalhando
No Brasil já é um velho cotidiano
Além dos que trapaçam e pensam em só querer ter
Juízes que decidem sua vida como vai ser
Não, não, não vai ser
Triste e atordoado não conseguem inverter o quadro
São quase sempre manipulados
Pois não se encontram entre os privilegiados
Com seus carros blindados
Saem na noite sempre despreocupados
Pois na verdade não conhecem o outro lado
O outro lado
Quando passam perto olham pro outro lado
Deixando indignado aquele necessitado
Que muito se esforça e no final ainda dá tudo errado.
São casos e casos que ocorrem e não é de vez em quando
É correria o dia-dia e mais um mês já fez um ano
Que vai passando disfarçadamente
Não se percebe no momento presente
O resultado só daqui pra frente
Enquanto houver paciência
Só não pode dar lugar a desistência
Ou será apenas mais um dia
Pra sentir o desespero de seus filhos
Crescendo em vão
Muitos sem educação

Pra onde vão então?

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